Arte Core: a voz da arte urbana

Texto: Rafaela Mattera
Fotos: Bárbara Guinle e Bruna Sussekind (analógicas)

A palavra “integração” pode ser definida como um dos maiores alicerces da quarta edição da Arte Core. Integração de pessoas; integração das crianças com a arte, por meio das oficinas realizadas; integração das portas do MAM que, esse ano, se abriram para o evento que ocupa os seus jardins.

Nesse cenário tão significativo para arte brasileira, como são os pilotis e jardins do MAM, três frentes artísticas foram abordadas: artes visuais, artes sonoras e skate arte.

Em meio a tantos nomes masculinos, a arte de Joana Cesar estava presente. Ainda quando era menina ela codificou o alfabeto da língua portuguesa para que seu diário não fosse lido por mais ninguém. Hoje a cidade do Rio de Janeiro é sua confidente com suas mensagens espalhadas por viadutos e muros.

O paulista Saci Pedro também expôs sua obra. Sua arte com incontáveis cores sobrepostas nos motivam a escapar dos hábitos diários.

Intercalada com os grafites e pinturas, a série fotográfica “Soy como Soy”, de Marco Frossard revela o fechado mundo das gangues e dos carros lowriders no Brasil e EUA.

Além de tudo isso, a arte também estava sendo feita. Em frente a foto de Daniel Mattar – um dos colaborares da nossa ISSUE 1 - acontecia uma apresentação de dança urbana, enquanto Speto criava um novo painel em live painting.

No acervo do MAM, foi feita uma curadoria de trabalhos que traduzissem o caráter street e do grafite, para sintonizar com o festival, como contou o mediador da Arte Core, Rodrigo Rosm.

Assim foi o final de semana de Arte Core. Como comunicava um painel na entrada do evento: “A arte vai salvar o mundo”. E nós concordamos.